Roberta

Quando me perguntam o porquê escolhi ser enfermeira me vem uma série de fatos e acontecimentos que influenciaram na minha decisão. Ainda criança, o meu avô, Ildeu Gonzaga, sempre dizia que eu quem seria a responsável em cuidar dele e graças a Deus, acho que consegui atender as suas expectativas. Na adolescência, o meu pai, Wagner Gonzaga, sofreu um acidente grave e ficamos durante muito tempo hospitalizados, sim, no plural, toda a nossa família se comprometeu amplamente no cuidado do meu pai. Nesta época aprendi o valor do cuidado, compreendi que ele é essencial para que a cura se instale de maneira holística, que sem o cuidado adequado nenhum tratamento é eficiente. Acho que neste momento, mesmo inconsciente, me dei conta de que esta seria a minha profissão. Quando formei o ensino médio, ainda muito nova, com muitos sonhos e incertezas, confesso que não sabia ao certo o que eu queria de fato para a minha vida profissional. No entanto, hoje tenho certeza de que não poderia ter outra profissão.  No segundo período de faculdade também tive que ser hospitalizada e pude vivenciar na prática o que os pacientes sentiam, suas frustrações, angústias, pude identificar o que era esperado da equipe de saúde, só que por um outro ângulo, de quem recebia o cuidado. Pelos exemplos práticos da minha vida fui identificando o tipo de profissional que eu deseja ser e fui me apaixonando pela enfermagem. Hoje, mais madura, posso dizer sim que é a minha escolha e que não poderia ser diferente. Sou realizada profissionalmente, amo o que eu faço! Com a minha profissão pude ajudar e cuidar de pessoas que amo incondicionalmente. Mas além disso, ser enfermeira me proporcionou o prazer de ajudar o próximo, independente de conhecê-los ou não, isso sim, é a arte do cuidado. Sei que todo o bem semeado resulta em excelentes frutos para serem colhidos ao longo da nossa vida.

(9 anos como Enfermeira)